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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O PASSADO DO MEIO LOCAL : OLHÃO

No âmbito do tema «O passado do meio local», desenvolvido este mês na área de Estudo do Meio, a nossa turma tem vindo a pesquisar sobre a nossa bela cidade de Olhão. Querendo partilhar convosco as nossas descobertas aqui ficam algumas informações já recolhidas.

A nossa localidade

Olhão é uma cidade que fica situada à beira de uma ria, chamada Ria Formosa, cujas águas se juntam ao mar. A zona mais antiga da cidade é a «Barreta», onde as ruas estreitas se cruzam umas com as outras formando autênticos labirintos. As casas são baixas e com terraços cujos nomes são açoteias. Estas serviam e servem para secar roupa mas não só, também serviam para secar peixe e frutos.
Olhão tem monumentos que foram construídos há muitos anos, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, os mercados, o Chalé Dr. João Lúcio...
Também nesta cidade nasceram e viveram pessoas ilustres que, pelos seus feitos, são lembradas em nomes de ruas, escolas, estádios, praças...

Aqui ficam alguns exemplos:
Dr. João de Mendonça Cortês (estadista, professor catedrático, historiógrafo e cientista); Dr. Paula Nogueira (médico-veterinário agrónomo); Dr. Estevão de Vasconcelos (médico e político); Dr. José Maria de Pádua (médico, músico e político); Dr. Carlos Fuzeta (Jurisconsulto eminente, homem público notável); Comandante José Carlos da Maia (um dos fundadores da República Portuguesa); Capitão Carlos de Mendonça (uma das mais notáveis figuras olhanenses de todos os tempos, sobretudo pela excepcional obra de saneamento que fez em Olhão; Dr. João Lúcio Pousão Pereira (poeta, músico, pintor e advogado); Patrão Joaquim Lopes (o homem que venceu o mar - bravo marítimo) e muitos outros mais.

A cidade de Olhão é muito bonita e os seus habitantes são os Olhanenses (povo com espírito de independência, bravura e heróico patriotismo).


 Algumas imagens da zona mais antiga de Olhão - Bairro da Barreta.

Fachada principal da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Esta igreja foi o primeiro edifício construído em pedra na cidade de Olhão, com o contributo importante dos pescadores. Data da sua construção 1698-1715.
«A custa dos homens do mar deste Povo se fez este templo novo, no tempo em que só haviam umas palhotas em que viviam.»

Capela do Divino Espírito Santo, situada nas traseiras da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.


As originais açoteias dão à cidade de Olhão o nome de «Vila Cubista», devido à sua arquitectura em forma de cubo. Estes espaços serviam para secar peixe e frutos, principalmente, o figo e a alfarroba.

Imóveis de grande interesse arquitectónico, os Mercados Municipais são verdadeiros ex-libris da renovada marginal de Olhão.


Poeta, músico e pintor Dr. João Lúcio construiu em 1916 na Quinta do Marim, num pinhal à beira mar, este chalé magnífico. A construção deste edifício foi orientada segundo os quatro pontos cardeais. Quatro escadarias marcam as entradas para o centro da casa, rematado com uma clarabóia. A escadaria a norte tem forma de peixe; a sul, de guitarra; a nascente, de violino e a poente, de serpente. Simbolicamente, o peixe representa a água;a guitarra, o fogo; o violino, o ar e a serpente, a terra.
Este chalé foi posteriormente recuperado pelo Parque Natural da Ria Formosa, respeitando fielmente a  sua arquitectura inicial.

ALGUMAS FOTOGRAFIAS DE PESSOAS ILUSTRES DA NOSSA LOCALIDADE:

Francisco Padinha. Nasceu em Olhão em 1870 e faleceu em Lisboa em 1918. Foi campeão nacional de luta greco-romana em representação do Real Clube Naval e sobretudo um notável halterofilista. Foi também atleta do Sporting.

Dr. Alberto Iria. Nasceu em Olhão a 27 de dezembro de 1909 e faleceu em Paço de Arcos em fevereiro de 1992. Foi um grande historiador e bibliotecário.
João Carlos Mendonça Cortês. Nasceu em Olhão a 9 de janeiro de 1836 e faleceu em Paris a 24 de fevereiro de 1912.
Patrão Joaquim Lopes. Nasceu em Olhão em 1798 e faleceu em Paço de Arcos em 1890 com 92 anos. Tornou-se Patrão de Salva Vidas, tendo-se destacado por imensa bravura ao salvar centenas de vidas na Barra do Tejo.


Dr. Paula Nogueira. Nasceu em Olhão a 10 de junho de 1859 e morreu em Lisboa a 16 de dezembro de 1944.


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Poeta João Lúcio. Nasceu em Olhão a 4 de julho de 1880 e faleceu na mesma terra em 1918, apenas com 38 anos.


Francisco Fernandes Lopes. Nasceu em Olhão a 27 de outubro de 1884 e faleceu em Lisboa a 6 de junho de 1969.

Comandante Carlos da Maia. Nasceu em Olhão a 16 de março de 1878 e morreu em Lisboa a 19 de outubro de 1921




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