No âmbito do tema «O passado do meio local», desenvolvido este mês na área de Estudo do Meio, a nossa turma tem vindo a pesquisar sobre a nossa bela cidade de Olhão. Querendo partilhar convosco as nossas descobertas aqui ficam algumas informações já recolhidas.
A nossa localidade
Olhão é uma cidade que fica situada à beira de uma ria, chamada Ria Formosa, cujas águas se juntam ao mar. A zona mais antiga da cidade é a «Barreta», onde as ruas estreitas se cruzam umas com as outras formando autênticos labirintos. As casas são baixas e com terraços cujos nomes são açoteias. Estas serviam e servem para secar roupa mas não só, também serviam para secar peixe e frutos.
Olhão tem monumentos que foram construídos há muitos anos, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, os mercados, o Chalé Dr. João Lúcio...
Também nesta cidade nasceram e viveram pessoas ilustres que, pelos seus feitos, são lembradas em nomes de ruas, escolas, estádios, praças...
Aqui ficam alguns exemplos:
Dr. João de Mendonça Cortês (estadista, professor catedrático, historiógrafo e cientista); Dr. Paula Nogueira (médico-veterinário agrónomo); Dr. Estevão de Vasconcelos (médico e político); Dr. José Maria de Pádua (médico, músico e político); Dr. Carlos Fuzeta (Jurisconsulto eminente, homem público notável); Comandante José Carlos da Maia (um dos fundadores da República Portuguesa); Capitão Carlos de Mendonça (uma das mais notáveis figuras olhanenses de todos os tempos, sobretudo pela excepcional obra de saneamento que fez em Olhão; Dr. João Lúcio Pousão Pereira (poeta, músico, pintor e advogado); Patrão Joaquim Lopes (o homem que venceu o mar - bravo marítimo) e muitos outros mais.
A cidade de Olhão é muito bonita e os seus habitantes são os Olhanenses (povo com espírito de independência, bravura e heróico patriotismo).
Algumas imagens da zona mais antiga de Olhão - Bairro da Barreta.
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Fachada principal da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Esta igreja foi o primeiro edifício construído em pedra na cidade de Olhão, com o contributo importante dos pescadores. Data da sua construção 1698-1715.
«A custa dos homens do mar deste Povo se fez este templo novo, no tempo em que só haviam umas palhotas em que viviam.» |
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Capela do Divino Espírito Santo, situada nas traseiras da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. |
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As originais açoteias dão à cidade de Olhão o nome de «Vila Cubista», devido à sua arquitectura em forma de cubo. Estes espaços serviam para secar peixe e frutos, principalmente, o figo e a alfarroba. |
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Imóveis de grande interesse arquitectónico, os Mercados Municipais são verdadeiros ex-libris da renovada marginal de Olhão. |
Poeta, músico e pintor Dr. João Lúcio construiu em 1916 na Quinta do Marim, num pinhal à beira mar, este chalé magnífico. A construção deste edifício foi orientada segundo os quatro pontos cardeais. Quatro escadarias marcam as entradas para o centro da casa, rematado com uma clarabóia. A escadaria a norte tem forma de peixe; a sul, de guitarra; a nascente, de violino e a poente, de serpente. Simbolicamente, o peixe representa a água;a guitarra, o fogo; o violino, o ar e a serpente, a terra.
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